Santa Teresa está entre as 5 cidades do Brasil com mais registros no Desafio Natureza Urbana 2025

Santa Teresa brilha no Desafio Mundial da Natureza Urbana 2025

Santa Teresa alcançou destaque nacional ao figurar entre as 5 cidades brasileiras com maior número de registros e espécies observadas durante o Desafio Mundial da Natureza Urbana 2025, promovido pela plataforma internacional iNaturalist.

Desempenho impressionante em números

Entre os dias 25 e 28 de abril, 101 moradores registraram 9.159 observações de plantas, animais e fungos, identificando 1.880 espécies. A iniciativa, que visa promover a ciência cidadã e a valorização da biodiversidade urbana, teve coordenação local do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA).

Um evento global, com impacto local

Criado em 2016 nos EUA, o Desafio se expandiu para o mundo todo, com mais de 3 milhões de registros em 2025. Em Santa Teresa, os dados continuam sendo analisados e, até 4 de maio, 579 espécies já foram validadas cientificamente.

Espécies raras e ameaçadas

Entre os registros estão insetos endêmicos da Mata Atlântica e espécies ameaçadas de extinção como o guigó-mascarado (Callicebus personatus), um veado e uma lontra (Lontra longicaudis) no córrego urbano.

Jovens cientistas e moradores engajados

Destaques individuais também marcaram a participação da cidade. Athos Souza, morador local, foi o terceiro maior identificador do país, com 809 registros e 299 espécies. Já a estudante Lara Marrochi, do Ensino Médio, registrou um falcão raro, o Falco deiroleucus, quase ameaçado de extinção.

Curiosidades da biodiversidade teresense

A espécie mais registrada foi a aranha Nephilingis cruentata, seguida pela ave jacu (Penelope obscura) e pelo arbusto nativo orelha-de-onça (Pleroma heteromallum). Além disso, foi registrado pela primeira vez no iNaturalist a espécie rara Skelosyzygonia spinipes, até então vista apenas no RJ e SP.

Ciência cidadã e futuro promissor

“Ver Santa Teresa estreando com tamanha força é gratificante”, afirma a pesquisadora Mariane Kaizer. Já Danilo Cordeiro, também do INMA, ressalta: “A ciência cidadã é uma ferramenta poderosa para conhecermos e protegermos nossa biodiversidade”.

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