Médico que matou miss pomerana é condenado a 27 anos de prisão

Crime ocorreu em 2015, em Santa Maria de Jetibá Reprodução/MPES/Montagem Folha Vitória

Julgamento do médico Celso Luís Ramos Sampaio durou cerca de 9 horas. A vítima, Rayane Berger, foi morta aos 23 anos, em Santa Maria de Jetibá.

O médico Celso Luís Ramos Sampaio, acusado de dopar e matar a miss e ex-princesa pomerana Rayane Luiza Berger, foi condenado a 27 anos e 9 meses de prisão pelo crime de feminicídio. O crime ocorreu em 2015, no município de Santa Maria de Jetibá, na Região Serrana do Espírito Santo.

Julgamento em Vitória durou nove horas

O julgamento foi realizado na última quarta-feira (21), no Fórum Criminal de Vitória, e teve duração de aproximadamente nove horas. A sentença foi proferida por volta das 17h14, pelo juiz Carlos Henrique Rios do Amaral Filho.

Rayane era namorada do réu na época do crime e foi assassinada aos 23 anos, na zona rural do município. Celso acompanhou o júri por videoconferência, direto de uma residência na Mata da Praia, onde foi preso após o julgamento. Ele cumprirá pena em regime fechado.

Indenização de R$ 500 mil à família da vítima

Além da pena, Celso foi condenado a pagar R$ 500 mil em indenização à família da vítima. O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) solicitou também que ele perca o direito de exercer a medicina junto ao Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES).

Réu se calou diante de MPES e juiz

Durante o interrogatório, iniciado às 9h20, o réu respondeu apenas às perguntas dos jurados e da própria defesa. Instruído por seus advogados, recusou-se a responder questionamentos do MPES e do juiz responsável pela sessão.

A acusação foi encerrada por volta das 12h45 e, no período da tarde, a defesa apresentou seus argumentos. Os jurados decidiram pela condenação após a análise das provas e depoimentos.

Julgamento foi transferido por questões de segurança

Inicialmente, o júri estava previsto para 13 de março de 2024, mas foi adiado por um pedido da defesa, que alegou falta de segurança para o réu em Santa Maria de Jetibá, local do crime. Também foi questionada a imparcialidade do júri popular no município, em razão da grande comoção popular causada pelo caso.

Relembre o caso: feminicídio e tentativa de encobrir o crime

O crime aconteceu no dia 6 de junho de 2015, próximo ao distrito de Alto Rio Possmoser, na zona rural de Santa Maria de Jetibá. No dia seguinte (7), o corpo de Rayane foi encontrado dentro de um carro.

De acordo com as investigações, o médico teria dopado a vítima com medicamento de uso controlado e desferido golpes na nuca com um objeto contundente. Em seguida, colocou o corpo no carro e tentou forjar um acidente de trânsito, empurrando o veículo em direção a um rio.

Veículo estava trancado e sem marcas de acidente

O carro foi localizado por ciclistas que passaram pelo local e acionaram o Corpo de Bombeiros. Os militares precisaram quebrar os vidros para o resgate, mas a jovem já estava sem vida.

As evidências no local levantaram suspeitas imediatas: o veículo estava com todas as portas trancadas, sem marcas de frenagem, e os airbags não foram acionados, descartando a hipótese de acidente.

Vítima estava na casa da família no dia do crime

Parentes de Rayane informaram aos bombeiros que a jovem, que morava em Vitória com o namorado, estava temporariamente na casa da família, em Alto Rio Possmoser.

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