Investimentos em Startups Latino-Americanas Crescem 23,53% em 2024, com Destaque para FinTechs e HealthTechs

Em 2024, os investimentos em startups na América Latina alcançaram US$ 4,27 bilhões em 621 rodadas, representando um aumento de 23,53% em relação a 2023, quando foram registrados US$ 3,4 bilhões em aportes. O Brasil manteve sua posição de destaque na região, com 391 rodadas que totalizaram US$ 2,14 bilhões, correspondendo a aproximadamente 50% do total investido na América Latina. Isso indica um crescimento de 13,83% em comparação a 2023, quando o país acumulou US$ 1,88 bilhão em 475 rodadas.

Outros países também se destacaram:

• México: US$ 818 milhões captados.
• Argentina: US$ 692 milhões.
• Colômbia: US$ 344 milhões.
• Chile: US$ 138 milhões.

Os investimentos se distribuíram por diferentes estágios:

• Private Equity: US$ 357,5 milhões em 10 negociações.
• Pré-Seed: 159 rodadas somando US$ 185,9 milhões.
• Investimentos Anjo e Crowdfunding: US$ 2,9 milhões e US$ 1,1 milhão, respectivamente.

Os meses de outubro, novembro e dezembro foram particularmente expressivos:

• Outubro: Captação de US$ 555,4 milhões, impulsionada por aportes na ASAAS (US$ 150 milhões), Contabilizei (US$ 123 milhões) e Agrolend (US$ 53 milhões).
• Novembro: US$ 496,2 milhões, com destaque para o investimento do SoftBank na fintech argentina Ualá (US$ 300 milhões) e na brasileira Blip (US$ 60 milhões).
• Dezembro: US$ 440,6 milhões.

Em maio, no primeiro semestre, houve uma captação de US$ 391,2 milhões, destacando-se a HIF Global com US$ 114 milhões em uma rodada de Private Equity e a CRM&Bonus com US$ 78 milhões em uma rodada Série B.

Segundo Victor Harano, Gerente de Pesquisa do Distrito, embora o crescimento em 2024 tenha sido modesto em comparação a 2023, o ecossistema de startups registrou grandes operações, como a rodada de US$ 300 milhões da Ualá. Harano observa que, nos estágios iniciais, o cenário permaneceu semelhante ao de 2023, levando a um aumento nas fusões e aquisições nesses segmentos. As startups nas fases Série A e B que superaram desafios demonstraram a sustentabilidade de suas premissas e economia unitária a longo prazo, reconquistando o acesso à liquidez dos fundos.

As FinTechs lideraram a retomada dos investimentos, captando US$ 2,1 bilhões em 153 rodadas ao longo do ano. As HealthTechs também ganharam destaque, alcançando US$ 195 milhões em 51 rodadas em 2024.