Cuíca-d’água desaparece no ES e alerta sobre rios poluídos
A cuíca-d’água (Chironectes minimus), também conhecida como chichica-d’água ou gambá-d’água, está desaparecendo dos rios do Espírito Santo, acendendo um alerta sobre a qualidade e preservação dos recursos hídricos no estado.
Este marsupial semiaquático é considerado um bioindicador da saúde dos ecossistemas aquáticos, pois sua presença está diretamente ligada à qualidade da água e à integridade do ambiente. Infelizmente, registros da espécie no Espírito Santo são escassos e antigos. Existem no Estado apenas dois registros depositados em Museu, sendo os dois indivíduos de Santa Teresa da década de 1940. Outros registros foram feitos por Augusto Ruschi em 1978 para a região do Caparaó e Tonini em 2010 para a Reserva Biológica de Duas Bocas, em Cariacica. Porém, são apenas dados visuais, relata o Instituto em sua página oficial na Internet.
De acordo com o Instituto Últimos Refúgios, a cuíca-d’água depende de habitats aquáticos preservados, com vegetação arbórea e margens naturais. A degradação desses ambientes, causada por desmatamento, poluição e urbanização desordenada, tem contribuído para o desaparecimento da espécie.
Pesquisadores têm realizado buscas ativas e instalado câmeras de monitoramento em áreas como a Reserva Biológica de Duas Bocas e o Parque Nacional do Caparaó, na tentativa de localizar indivíduos da espécie. No entanto, até o momento, não houve sucesso nas expedições.
A ausência da cuíca-d’água serve como um indicativo preocupante da deterioração dos rios capixabas. A proteção e recuperação desses ecossistemas são essenciais não apenas para a sobrevivência da espécie, mas também para garantir a qualidade da água e a biodiversidade da região.
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