Homem é condenado a 21 anos de prisão por homicídio em Santa Teresa

O lavrador José Cândido Feliz, conhecido como “Gordinho”, foi condenado a 21 anos e seis meses de prisão por sua participação no assassinato de Lourival de Jesus Filho, ocorrido na madrugada do dia 16 de setembro de 2013, na localidade rural de Córrego Milanezi, em Santa Teresa.

O julgamento foi realizado nesta quarta-feira (28) no Tribunal Popular do Júri da comarca de Santa Teresa. A decisão foi proferida pelo juiz Alcemir dos Santos Pimentel, presidente da sessão.

Crime com requintes de crueldade

Segundo denúncia do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), a motivação do crime teria se iniciado após a vítima fazer um comentário durante uma conversa. Lourival teria chamado Clemir de Souza Cunha de “sogro” e dito que se relacionaria com a filha dele “com ele querendo ou não”.

Sentindo-se ofendidos, José e Clemir decidiram tirar satisfação. Durante a madrugada, foram até a casa de Lourival, que estava dormindo e embriagado, e o mataram com golpes de facão. O ataque foi tão violento que resultou na decapitação da vítima.

Após o homicídio, os acusados ainda atearam fogo na cabeça da vítima e dispensaram o membro decapitado em uma horta de tomate, a alguns metros do local do assassinato.

Condenação por homicídio qualificado e destruição de cadáver

A Justiça condenou José Cândido a:

• 19 anos de reclusão por homicídio triplamente qualificado, com reconhecimento dos seguintes agravantes:
  • Motivo fútil,
  • Meio cruel e
  • Recurso que impossibilitou a defesa da vítima;
• 2 anos e seis meses de reclusão pelo crime de destruição de cadáver, que se equipara à ocultação.

A pena total é de 21 anos e seis meses de prisão em regime fechado.

Réu não compareceu ao julgamento

José Cândido não compareceu ao julgamento. Por conta disso, o juiz determinou a inclusão de seu nome no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). Ele já havia ficado preso por um período, mas estava em liberdade provisória à espera do julgamento, conforme apurado pelo MPES.

O réu foi julgado sob a proteção da assistência judiciária gratuita e com a presença de Defensor Dativo, sendo isento das custas processuais.

Outro acusado terá julgamento remarcado

O coautor do crime, Clemir de Souza Cunha, também seria julgado nesta quarta-feira. No entanto, sua advogada apresentou atestado médico após passar mal, o que levou ao adiamento da sessão. Uma nova data será agendada pelo Tribunal.

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