Espírito Santo inicia colheita do gengibre da safra 2025
Estado lidera produção e exportação do rizoma no Brasil, com destaque para municípios das montanhas capixabas.
O Espírito Santo reafirmou, nesta quinta-feira (15), seu protagonismo na produção nacional de gengibre ao dar início oficial à colheita da safra 2025, durante o Dia Especial sobre a Cultura do Gengibre, realizado no Galpão Djalma Plaster, em Santa Maria de Jetibá.
O evento foi promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).
Espírito Santo lidera cultivo e exportação de gengibre
Líder absoluto no cultivo e exportação do rizoma, o Espírito Santo é responsável por 75% da produção brasileira de gengibre e por 57% das exportações nacionais. Em 2024, a produção estadual foi estimada em 77,7 mil toneladas, com destaque para os seguintes municípios:
- Santa Leopoldina: 31,5 mil toneladas
- Santa Maria de Jetibá: 26,4 mil toneladas
- Domingos Martins: 16,3 mil toneladas
- Itarana: 2 mil toneladas
- Cariacica: 600 toneladas
- Marechal Floriano: 600 toneladas
- Santa Teresa: 322 toneladas
- Alfredo Chaves: 50 toneladas
A produtividade média da cultura no Estado é de 60,5 toneladas por hectare, e a renda gerada nas propriedades rurais chegou a R$ 293,4 milhões em 2023, segundo a Gerência de Dados e Análises da Seag, com base em levantamento do IBGE, Painel Agro e Incaper.
Lançamento de cartilha e palestra técnica
Durante a solenidade, foi lançada a cartilha “Gengibre: Como Produzir Rizomas de Qualidade para Exportação”, de autoria do coordenador do CDRC Serrano do Incaper, Galderes Magalhães de Oliveira.
O evento também contou com a palestra “Controle de Pragas e Doenças do Gengibre – Aspecto Técnico e Legal”, ministrada pelo professor e doutor em Fitopatologia, Antonio Fernando de Souza, do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes).
Gengibre capixaba impulsiona economia do agronegócio
Para o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, a colheita do gengibre simboliza a força do trabalho no campo e a capacidade de inovação do agricultor capixaba.
“O Espírito Santo é líder na produção e exportação de gengibre no Brasil graças a investimentos em pesquisa, assistência técnica e capacitação. Em 2024, as exportações capixabas de gengibre movimentaram mais de US$ 45,3 milhões, colocando o produto entre os quatro principais do agronegócio capixaba, ao lado do café, da celulose e da pimenta-do-reino”, destacou Bergoli.
Já o diretor-geral do Incaper, Alessandro Broedel, enfatizou a expectativa de crescimento da produção neste ano.
“Os bons preços obtidos nas últimas safras e a valorização do gengibre capixaba no mercado internacional incentivaram novos investimentos na cultura. Aliado a isso, o trabalho contínuo de assistência técnica e extensão rural tem promovido práticas mais eficientes, sustentáveis e alinhadas às exigências de qualidade do mercado externo”, afirmou Broedel.
Evento reúne agricultores e promove conhecimento
O Dia Especial sobre a Cultura do Gengibre reuniu agricultores, técnicos, estudantes e lideranças locais, fortalecendo a troca de conhecimento e incentivando boas práticas na cadeia produtiva.
A ação reforça o papel estratégico do Espírito Santo na produção de alimentos diferenciados, com alto valor agregado e forte presença internacional.
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