Beija-flor, símbolo do Espírito Santo, tem raízes em Santa Teresa
Conhecida por sua rica biodiversidade, Santa Teresa também é o berço do legado deixado pelo cientista e ecologista Augusto Ruschi, responsável por tornar o beija-flor um símbolo estadual e um ícone da preservação ambiental no Espírito Santo.
Beija-flor: beleza em movimento e importância ecológica
Pequeno no tamanho, mas gigante na simbologia, o beija-flor mede entre 7 e 13 centímetros, com asas que podem bater até 80 vezes por segundo. É essa impressionante agilidade que lhe permite pairar no ar — um verdadeiro “balé natural” que atrai estudiosos e admiradores.

Em Santa Teresa, é possível observar diversas espécies da ave ao redor da vegetação nativa e nos jardins com alimentadores de néctar, prática incentivada desde os tempos de Ruschi.
Augusto Ruschi: pioneiro na conservação da fauna capixaba
Filho ilustre de Santa Teresa, Augusto Ruschi (1915–1986) foi um dos primeiros pesquisadores do Brasil a estudar beija-flores em cativeiro e a utilizar alimentadores artificiais com água açucarada para atraí-los — uma técnica revolucionária em 1932.

Graças ao seu trabalho, o beija-flor foi oficializado como ave símbolo do Espírito Santo pela Lei Estadual nº 4.472/1990. Seu acervo e legado científico estão preservados no Museu de Biologia Professor Mello Leitão (MBML), instituição mantida pelo Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), em Santa Teresa.
Ameaças e preservação
Apesar da admiração popular, os beija-flores ainda enfrentam ameaças como o desmatamento, o uso de pesticidas e a perda de espécies vegetais nativas, fundamentais para sua alimentação e reprodução.
Santa Teresa, com sua vegetação remanescente da Mata Atlântica, é uma área estratégica para a preservação dessas aves. Iniciativas de educação ambiental, turismo ecológico e ciência cidadã têm reforçado a importância de manter vivo o legado deixado por Ruschi.
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