Vacina pode reduzir em 20% o risco de demência, aponta estudo internacional
Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e publicado na revista científica Nature, identificou que a vacina contra herpes-zóster está associada a uma redução de até 20% no risco de desenvolvimento de demência em idosos.
A descoberta se baseia na análise de dados de mais de 280 mil pessoas com 65 anos ou mais, residentes no País de Gales. O acompanhamento foi realizado ao longo de sete anos, por meio de registros clínicos, e apontou resultados promissores, especialmente entre mulheres.
Leia a publicação original na revista Nature.
Como a vacina contra herpes-zóster atua no organismo?
A vacina utilizada no estudo foi a Zostavax, que contém uma versão atenuada do vírus varicela-zóster — o mesmo causador da catapora e do herpes-zóster (popularmente conhecido como “cobreiro”). A imunização ajuda o organismo a manter a proteção contra a reativação do vírus, o que também pode influenciar em mecanismos neurodegenerativos.
Mulheres apresentaram maior proteção
Entre os dados observados, os pesquisadores concluíram que as mulheres vacinadas apresentaram redução significativa no risco de demência, enquanto, entre os homens, a diferença não foi estatisticamente relevante.
A vacina contra herpes-zóster no Brasil
No Brasil, a vacina contra o herpes-zóster está disponível na rede privada e é indicada principalmente para pessoas com mais de 50 anos, além de grupos com imunossupressão. Atualmente, duas versões são ofertadas: a Zostavax (atenuada) e a Shingrix (recombinante e não viva).
A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) recomenda a vacinação como parte da prevenção integral na terceira idade, com benefícios potenciais que vão além da proteção contra o “cobreiro”.
Especialistas reforçam importância da prevenção
Embora os resultados ainda estejam em fase de observação científica, especialistas em saúde pública afirmam que a vacinação contra o herpes-zóster pode se tornar uma aliada na prevenção de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e outras formas de demência.
A nova evidência reforça a necessidade de campanhas de conscientização sobre a importância da vacinação em idosos e da ampliação do acesso às vacinas recomendadas para essa faixa etária.
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